O que nós cremos que seja um ‘culto’ não é exatamente que a maioria das igrejas chama de ‘culto’.

Entendemos que biblicamente falando, cultuar é um ato individual ainda que possa ser realizado coletivamente. MAS a reunião que se chama habitualmente de culto tem algumas distorções que estamos evitando.

A primeira delas é que as pessoas vão para esta reunião dispostas e preparadas para receber. Isso não é culto, porque cultuar é levar e não buscar. Pensemos juntos – se cada um de nós viveu o evangelho e foi igreja viva ao longo dos dias, dentro daquilo que é seu cotidiano, quando nos reunimos devemos levar, ofertar (não dinheiro), repartir, transbordar… Obviamente que seremos abençoados e receberemos – mas não porque fomos buscar e sim porque o que transbordou de um alcançou o outro.

A segunda é com relação a esta liturgia que se estabeleceu na qual o tempo todo tem UM monopolizando as atenções, a bem de dirigir a reunião (o que por si mesmo não está errado). Mas no nosso modelo, as pessoas interagem, a Palavra é compartilhada e não ‘pregada’, ninguém fica pedindo ofertas financeiras, o louvor é misturado com a Palavra ensinada e não um ‘momento’.

Depois e talvez o mais diferentão, não temos visitantes. Não faz sentido. Se vivemos um evangelho diária e cotidiano, com a naturalidade que a vida oferece, as pessoas são alcançadas pelas nossas ações externas. As pessoas chegam a nós, mas quando vem para a reunião estão esclarecidas então ou já se converteram ou estão suficientemente informadas. Não praticamos reuniões evangelísticas coletivas, por entendemos que apesar de não estar errado não é necessário. Preferimos ganhar um por vez. Se formos fazer uma ação coletiva, será externa. Não proibimos os visitantes, apenas não convidamos….

Por último e talvez o mais marcante, é que não temos nenhum tipo de roteiro. As vezes começamos orando. As vezes começamos conversando. As vezes começamos comendo. As vezes começando com o Ensino da Palavra. Não usamos espaços com cadeiras tipo ‘escolinha’ e sim mesinhas com 4-5 lugares. Sentado ou em pé não muda nada. Mas a mesa tem valor para nós e não nos afastaremos dela. Geralmente os membros vão chegando e orando nas mesinhas mesmo, ou conversando sobre o Reino (ou sobre o Rei) mas a centralidade de nossos assuntos não está neste mundo e suas agruras.